Índia.
Por alguns anos, convivi nas reuniões da WIPO e na UNCTAD com meus colegas indianos. Eles, e o Brasil, líderes da frente única do terceiro mundo, o Grupo dos 77'. Hábeis, extremamente preparados, tão eficazes na peleja diplomática quanto o nosso povo do Itamarati. Como uma lula (a marítima) capazes de escapar de todos impasses despejando a tinta negra do seu inglês rapidíssimo e inexpugnável.
Menos de uma semana de trabalho em Mumbai (ou Bombaim...) mostra que é possível tecnologia - e da casta "alta tecnologia" - num país grotescamente desigual. Camelos fora carregando bosta de vaca para ser usada como combustível, e software com o mais alto nível de confiabilidade e segurança sendo escrito dentro dos prédios.
Agora deixam entrar xerox, e a pepsi e coca voltaram ao país depois de muitos anos de proibição. O país recusa quase todos os mandamentos do consumo, aliás não só por ideologia.
Mas vendem tecnologia ao Bil Gates, e ao Brasil. Exportam resmas de cientistas. A primeira patente de engenharia genética teve como inventor um tal de Chakrabarty. Por favor, me repitam dez mil vezes "o Brasil perdeu a vez da tecnologia por causa da reserva de mercado". Repitam, que eu quero acreditar.
Ah, os carros fabricados pelo meu cliente indiano são melhores, de melhor tecnologia, e mais sofisticados dos que os fabricados no Brasil pelas subsidiárias de multinacionais.
Friday, March 14, 2003
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